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O que é embalsamamento?

O embalsamento é uma técnica muito antiga que já é utilizada pela humanidade há cerca de quatro milênios. Por meio do embalsamento, é possível prevenir a putrefação, que é um dos estágios de deposição do corpo após a morte.

O procedimento de embalsamar corpos faz parte de muitas tradições, mas a técnica era mais comum na região do Antigo Egito. A primeira múmia descoberta, a Ginger, já havia passado pelo processo de embalsamento.

Isso indica que o procedimento já era usado desde antes de 3300 a.C., que é mais ou menos a idade dessa antiga múmia. O embalsamento é muito comum não apenas para velórios, mas também em casos de celebridades, políticos, líderes religiosos, dentre outros.

O procedimento é utilizado também quando o corpo precisa ser transportado para lugares distantes para que seja velado.

História e origem do embalsamento

Como já mencionamos, o embalsamento é uma técnica milenar utilizada por vários povos. Porém, foi usada em massa pelos egípcios e, é por isso, que a técnica se tornou uma característica da região.

Mas o procedimento realizado no Antigo Egito é muito diferente do praticado atualmente. O embalsamento dos corpos dos faraós dos antigos egípcios não possuía apenas uma receita.

As técnicas de mumificação e embalsamento dos corpos na região dependiam de vários fatores, sendo o principal deles, o social. Geralmente, o procedimento começava com a retirada do cérebro e em seguida era feito um corte na região da virilha para remover os órgãos e as vísceras.

Mas, na maioria dos casos, o coração era mantido. Todo o procedimento era feito à mão, contudo, eram usadas substâncias antibacterianas e alcoólicas, que tinham como objetivo evitar a contaminação de quem estivesse fazendo o trabalho.

Todos os órgãos retirados eram armazenados em vaso especial, conhecido como canopo, que era colocado próximo ao corpo. Depois o cadáver era lavado com substâncias aromáticas e em seguida forrado com sal grosso para que na restasse nenhum tipo de unidade.

A armazenagem dos corpos

Os corpos eram mantidos por um mês nos sacos com sal e perfumes. Depois eram lavados mais uma vez com óleos para que pudessem receber os enchimentos. 

Nas pessoas mais ricas, os enchimentos eram feitos com tecidos virgens. Já os mais podres eram preenchidos com roupas que tinham usado durante sua vida. Para o fechamento da múmia era usada uma placa de ouro e bandagens embebidas em betume.

O betume é uma substância feita de petróleo, que tinha o propósito de manter a múmia fechada. Eles acreditavam que, assim, os maus espíritos não iriam invadir os corpos dos mortos.

Como o embalsamento é feito atualmente?

Diferentemente do que era feito antigamente, atualmente, a técnica do embalsamento tem como finalidade manter o cadáver o mais próximo do que era quando estava vivo.

O objetivo, portanto, não é manter a preservação de toda a matéria do corpo como era feito antigamente. Para realizar o procedimento, antes de embalsamar o corpo, o profissional realiza uma massagem.

Ela é feita para retirar o enrijecimento dos músculos, que é comum após a morte. Depois o sangue é retirado, com a utilização de bombas e o mesmo é substituído por água e formaldeído.

O procedimento tem como objetivo preservar o corpo, evitando a sua putrefação. A solução é colocada no corpo para desinfetar o mesmo. Após o procedimento são corrigidas falhas que possam estar no cadáver, por meio de maquiagem.

Por que embalsamar uma pessoa?

O embalsamento não serve apenas para preservar o corpo e manter sua aparência. O procedimento também é muito importante para os avanços medicinais.

Os corpos podem ser utilizados para a realização de estudos e pesquisas. O corpo do fundador da União Soviética, Lênin, é um dos exemplos mais famosos. O corpo dele foi embalsamado e exposto no Mausoléu Lênin, em Moscou, onde permanece desde 1924.

Para manter o corpo de Lênin preservado para exposição, profissionais fazem alguns reparos nas partes que se deterioram todos os anos. O tempo foi passando e a medicina foi descobrindo avanços para preservação de corpos.

Não só na preservação do corpo do ex-soviético, mas também auxiliam vários outros processos. Um dos maiores exemplos disso foi uma descoberta revolucionaria, que permitia manter a circulação sanguínea em cadáveres.

Hoje em dia, para se ter uma ideia, essa mesma técnica é muito utilizada em cirurgias para transplantes de rins, por exemplo.

Quando se pode realizar o embalsamento?

A técnica do embalsamento só pode ser realizada até 12 horas após o falecimento da pessoa. Depois desse tempo, o sangue começa coagular e a técnica não pode ser realizada.

O corpo do falecido é colocado deitado em uma mesa de tanatopraxia. A gravidade irá puxar o sangue para as extremidades e depois a pessoa é despida pelo profissional.

Ele irá buscar sinais na pele do morto, sinais de que o processo de embalsamento está ocorrendo. Como gesto de respeito, uma toalha é colocada para cobrir a genitália do falecido.

Se forem encontrados cortes, descolamento ou contusões, elas serão colocadas no relatório para documentar todo procedimento, incluindo, as químicas utilizadas.

Depois, o morto será avaliado para saber que tipo de fluido será usado naquele caso. Então, é feita uma desinfecção da boca, nariz, olhos e de todos os orifícios de dentro para fora.

Em seguida, os pelos do corpo são aparados e se o falecido for homem, a barba também será feita. Então, o profissional irá massagear o corpo para reduzir a tensão e amolecer as juntas, assim os fluidos ficarão mais bem distribuídos.

O rosto tem que ser trabalhado antes da aplicação do fluido embalsamador, pois ele tem como finalidade enrijecer o corpo. Pedaços de algodão são colocados entre a pálpebra e o olho para que não murchem.

A boca poderá ser costurada com linha de sutura por baixo da gengiva até o septo. Ou pode ser usada uma pistola injetora com forma bucal para segurar as mandíbulas e manter o rosto do falecido bem parecido de quando estava vivo.

Agora que vocês sabem tudo sobre o embalsamamento, compartilhem com os amigos e continuem lendo os nossos artigos!

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