Muita gente fica em dúvida sobre o que é mais barato: cremar ou enterrar? É comum ter dúvidas na hora de tomar essa decisão, pois quando estamos lidando com a morte (sobretudo a de um ente querido), este nunca é um assunto muito fácil.
Muitos questionamentos surgem nessa hora também. Desde questionamentos existenciais, sobre o que é ou como vai ser a vida, até os mais práticos. Em alguns deles, não é possível ajudar porque o processo do luto é particular de cada pessoa. Contudo, num deles, podemos ajudar. Sendo assim, vamos falar sobre os custos da cremação e do enterro.
Confira mais detalhes a seguir!
Converse com a família e reflita bastante!
Antes de tomar uma decisão, aconselha-se discutir com a família sobre as possibilidades e refletir bastante sobre o assunto. Como também, respeitar a vontade do falecido caso ele tenha deixado instruções de como queria que seus restos mortais fossem tratados.
Entretanto, em casos em que o falecido não deixa nenhuma instrução, a família é quem decide. E é aí que é preciso pensar bastante. Isso porque, para se tomar a decisão de cremar ou enterrar, é preciso levar em conta vários fatores, como o que é mais higiênico, ecológico ou, até mesmo, mais barato.
Se optar pela cremação, o processo é irreversível, então, é preciso ter certeza na hora de decidir. O enterro permite que se creme os ossos posteriormente, mas daí você pagaria pelos dois processos e arcaria em dobro com os custos.
Mas, enfim, antes de apresentarmos os prós e contras de cada uma das opções, faz-se necessário explicar cada um dos processos individualmente primeiro, então, confira!
Como Funciona a Cremação?
Para decidir se é melhor cremar ou enterrar, é importante que se conheça os dois processos. Vamos começar falando da cremação. Este é o destino final que mais vem ganhando espaço nos últimos tempos. Basicamente, ele consiste em reduzir o corpo todo a cinzas, em lugar de sepultá-lo, como é mais comum.
O processo ocorre dentro de uma câmara crematória. Esse local pode se encontrar dentro das funerárias, dos cemitérios ou em locais destinados, exclusivamente, a esse fim. O processo dura de duas a três horas e submete o corpo a temperaturas altíssimas, que variam de 1400 oC a 2000 oC.
Essa temperatura é suficiente para incinerar tecidos, ossos, roupas, eventuais próteses metálicas e o caixão, que geralmente, é posto, lacrado no crematório. A razão para isso é poupar a família de assistir o corpo queimando diretamente. Um processo que pode ser assustador para pessoas desacostumadas.
Processo de incineração
A incineração faz com que toda a água do corpo se evapore. O que leva, junto, boa parte dos tecidos moles, como pele e órgãos. Após a incineração, os restos carbonizados são triturados para se obter um pó fino e cinzento. O processo poder ser repetido mais de uma vez.
O peso final das cinzas pode variar de pessoa para pessoa, considerando o peso inicial do corpo e as condições onde ele estava. Mas, na maior parte dos casos, não passa de 1 kg. Dentre as cinzas, podem haver alguns pedaços de ossos carbonizados.
As cinzas são, então, armazenadas, na maior parte das vezes, em uma urna e entregues à família. Os destinos mais comuns são o espalhamento em local de escolha do morto, um cinerário, no próprio cemitério ou a própria casa da família.
A cerimônia de cremação costuma ser um destino bastante respeitoso com o morto, onde é feita uma cerimônia com músicas e homenagens diversas. Algumas cidades, como São Paulo possuem diversas opções de crematórios.
Como Ocorre o Sepultamento?
Outras pessoas, entre cremar ou enterrar, escolhem a segunda opção. Essa foi a opção mais popular por muito tempo. E ainda é, apesar de muitas pessoas estarem aderindo à cremação.
Apesar disso, existe mais de uma maneira de se enterrar uma pessoa. A mais comum é em um caixão de maneira não tratada para lidar com a umidade, levando o caixão a se decompor, juntamente ao corpo. Outra opção é o sepultamento, diretamente, no solo, sem o caixão.
O local de sepultamento também varia. Apesar de muitos depositarem o caixão, diretamente, na terra, a maioria prefere uma sepultura. Na verdade, em algumas cidades, é obrigatório o uso de concreto na sepultura, para que não haja contaminação no solo.
O sepultamento ainda é bastante procurado pois, além de render homenagens ao falecido, também constrói um local para que os familiares possam visitar. Assim, essas homenagens podem ocorrer de forma prolongada.
Uma outra vantagem, na hora de se escolher pelo enterro é a possibilidade de velar o corpo no mesmo local do sepultamento. Quando optamos por cremar, isso não é possível.
O Que Precisamos Considerar ao Escolher Entre Cremar Ou Enterrar?
Mas, no fim das contas, qual é a melhor opção: cremar ou enterrar? Para isso, é necessário considerar alguns pontos. Veja, abaixo, os principais:
- Velório
Como já dissemos, essa é a diferença mais facilmente notada entre cremar ou enterrar. Em cemitérios ou funerárias, existem salas destinadas às famílias, para que velem o corpo, por vezes, por diversas horas ou uma madrugada inteira, quando o corpo é liberado à noite.
Já nos crematórios, as cerimônias são mais curtas, durando de 30 a 40 minutos, de acordo com o local. Isso pois o processo de cremação não dura mais do que três horas, já liberando as cinzas para que a família dê, a elas, seu destino final.
Por isso, muitas famílias optam por velar a pessoa no cemitério ou funerária próximo ao crematório, antes de dar início à cerimônia de incineração. Isso garante um tempo a mais com esse ente querido, para uma despedida.
Além disso, não é possível ver o morto, durante a cerimônia de cremação, visto que o caixão é lacrado. Isso ocorre pois alguns processos, como a evaporação dos cabelos, derretimento dos olhos ou incineração da pele podem ser um pouco traumáticos para os familiares.
- Meio Ambiente
A preocupação com o meio ambiente é uma das mais crescentes ultimamente. Quando optamos pelo enterro existe uma chance, ainda que pequena, de contaminação do solo e do, eventual, lençol freático abaixo dele. Esse problema não existe com a cremação, visto que todo o material contaminante é incinerado durante o processo.
Por outro lado, quando o corpo é cremado, ele libera CO2 na atmosfera. Embora exista a eliminação de metano durante a decomposição, no sepultamento, ela ocorre de maneiram mais gradual, no decorrer de dois ou três anos.
Em ambos os casos, existem medidas para combater esses impactos, como o uso de lajes de concreto nas sepulturas ou de chaminés que captam o gás carbônico nos crematórios. Entretanto, a cremação costuma ser um pouco menos agressiva para o ambiente.
Além disso, as cinzas podem ser utilizadas como fertilizante natural, caso essa seja a vontade do morto ou da família.
Qual É Mais Barato? Cremar ou Enterrar?
Esse é um dos questionamentos mais comuns quando vamos nos decidir por cremar ou enterrar. E é, muitas vezes, o que vai ter maior peso em nossa decisão.
A crença popular é de que é mais barato um sepultamento comum que uma cremação. Mas a realidade pode ser um pouco diferente.
Muitas pessoas creem que a cremação é mais cara que um enterro pois consideram, apenas os gastos com o procedimento. E, a longo prazo, os gastos com o sepultamento são bem maiores.
Isso pois, além do processo de sepultamento e compra do jazigo, é preciso se preocupar com os posteriores adornos e a manutenção periódica dele. Sendo um local de descanso permanente, essa manutenção pode se prolongar indefinidamente.
Apesar de, com a cremação, existir a possibilidade de se usar um cinerário, a manutenção do local é muito menor e mais barata. E, caso você opte por manter as cinzas em casa, a manutenção cai a praticamente zero. Se espalhá-las, então, não será necessária a manutenção.
Assim sendo, os custos de uma cremação são, ao longo dos anos, muito menores que os de um sepultamento. E é por isso que esse processo está, a cada dia que passa, ganhando mais adeptos.
Conclusão
Seja qual for o destino escolhido, é importante que a família considere os últimos desejos do morto. Isso garantirá uma cerimônia muito mais respeitosa.
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